segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012



"Mergulhei no mar
E não dava pé
Me apaixonei
Mas não sei por quem
Sonho com alguém
Que você não é

Vi um sol nascer
Pelos olhos seus
Me deixei levar
Eu não refleti
Que era a luz dos meus
Refletida em ti

Eu me entreguei demais
Eu imaginei demais
E o silêncio fala mais que a traição
Foi um devaneio meu
Um veraneio seu
E um outono inteiro em minhas mãos"
(Devaneio - Jorge Vercillo)


Paixão as vezes cega.
Ah, pra que amenizar?
Paixão cega sempre.
É esse devaneio/ esse turbilhão/ essa loucura súbita.

Paixão é quase uma doença....
É mais que uma doença.
É o frio e o furacão ao mesmo tempo.
É o fogo e a delícia de saborear gota a gota.
É um tsunami, tempestade que não cessa....
É a vida do avesso, é o encaixe perfeito do quebra cabeças da vida.

Paixão é uma febre, é saudável e desmedida.
É saudável na medida certa: com um pé no freio e outro no acelerador.
É dirigir sem cinto a 200 por hora de olhos vendados....
É a beira do abismo, é o frio na barriga, o calafrio, um vício.
Paixão é querer desesperadamente: o cheiro, a voz, a pele, o suor...

Um devaneio, um delírio, uma insanidade deliciosa.

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