sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Gratidão

Então é hoje...
Depois de tudo o que vivemos, chega o grande dia da estreia
Os nervos estão à flor da pele, milhares de lembranças, e pensamentos, e emoções...
Não cabem em mim...

Hoje é dia de Crime em Cena no teatro
Dia de muitos detalhes, últimos preparativos, tensão e diversão
Dia de um estresse básico, de levar bronca, de rever posicionamento em cena, de cuidar da voz, de concentração, de controlar a ansiedade, de acreditar ser possível.

Parece que entrei dentro de um filme: a loucura de viver o que antes era fruto da imaginação.
E sentirei falta da exaustiva rotina de ensaios, de dividir o palco com tantas pessoas incríveis, grandes atores.
Sentirei falta, inclusive, das discussões super produtivas.

E hoje, justamente no último dia, falar da parceria com o diretor e amigo Diego Maia é inevitável
Tantas vezes discordamos, tantas mudanças no roteiro, adequações à nossa intenção, com o intuito de fazer com que o resultado final fosse um sucesso. 
Crime em Cena foi um projeto que não sairia do papel, não fosse a sensibilidade desse gênio, que tornou possível a realização desse espetáculo - remando contra a maré...
Um apaixonado pela arte, um grande artista... que me deu a honra de mais um trabalho juntos.
É impossível traduzir em palavras tantas emoções que me ocorrem nesse dia: 
Afinal, é hoje
Obrigada, professor Diego Maia! Foi um grande prazer trabalhar contigo...

Que se abram as cortinas...
O espetáculo vai começar!

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Bastidores

Se foram muitas emoções?Só quem vive pra sentir: falando ninguém acredita.Crises de riso, o treino para encontrar o tom de voz exato, a postura ideal, a movimentação mais apropriada...As falas esquecidas, os tropeços... E tantas vezes que ficou tudo "bugado", como dizem uns e outros por aí...
Perdemos a conta de quantas vezes ficamos perdidos- Por onde eu entro?- Começa pra mim, professor?- Eu fico onde nessa hora?- Agora eu já posso sair?- Nessa hora eu estou em cena?- O vestido está mostrando as costas?- A peruca está torta?- Falei muito rápido?- Eu passo pela frente? Ou dou a volta?- Posso mexer os braços pra exagerar na expressão?- Não ta legal desse jeito...- Não fala, deixa eu lembrar!- Eu viro pra qual lado, professor? Como assim? A câmera vai rodar junto?- Nessa hora fecha a cortina?- A luz vai estar onde?



E as coreografias das cenas de luta corporal? Que insanidade... tudo muito calculado pra parecer real, sem machucar ninguém... (Salve-se quem puder, que a Beth é um perigo - e a Sol não fica atrás)E a parceria hilária da patroinha e a lesada?Sem falar na implicância dos irmãos Bebel e Tom e no quanto a intérprete da Bebel arrancou risadas de todos com coisas do tipo " O Tom não tinha que estar aqui?" "O time do relógio está passando..."E aquele beijinho engraçado do casalzinho #Gubel?O investigador gravando os movimentos, como um jogador de xadrez profissional...E um certo ator que teve que aprender a falar devagar as últimas sílabas; um dedicado e talentoso ator - (em cena e na realidade)E os exageros da Louca, o charme da jornalista, a duplicidade da advogada, as falas sibilantes do mordomo...

Ahhhh foram sim, tantas emoções que não cabem num único post

Talvez não caibam nas palavras... Porque cada ator sentiu e viveu Crime em cena de uma maneira.E foi um espetáculo ver os atores mergulharem nesse universo, abraçarem a causa.
Como pássaros que, ao perceber que tinham asas, perderam o medo de pular do ninho...


 3 dias...





domingo, 11 de dezembro de 2016

O elenco


5 Dias
A semana da estreia

 Um misto de emoções habitam em mim:

Desde a alegria de ver tudo ganhando forma à nostalgia em saber que em tão pouco tempo a cortina vai se fechar - e cada um de nós vai guardar apenas boas lembranças de tudo o que vivemos...


Apenas 5 dias...Já consigo contar nos dedos de uma mão
E aquela sensação tão dolorosa de não poder conviver com a mesma frequencia com os colegas de cena:
Os atores...

Giovanna - a determinada - aquela que quando assume uma missão, faz dar certo custe o que custar. Nossa querida Elizabeth, uma apaixonada por Teatro, que no palco encontrou seu lugar...

Cleiber - o estudioso. O menino que tem sempre as informações sobre testes, cursos, oportunidades, e não cansa de buscar novos caminhos. Afonso Palhares e esse jeitinho despreocupado de ser...
Álvaro - o reclamão - "eu queria mais falas". Aquele que aprendeu a ser pontual e não é mais o último a chegar, pelo contrário, muitas vezes tem sido o primeiro. Augusto e a dura luta pra assistir ao jogo de futebol...

Gabriel - o aplicado. Aquele que refaz a cena quantas vezes for necessário, e se cobra demais... Antônio Carlos e o problema divertido do vício de linguagem...

Kaillayne - a apressada. Fala tão rápido o texto que nem o Barrichello consegue acompanhar... Bebel e seu charme e graça tão únicos...

Karolayne - a avoada. Criatura parece estar sempre viajando pra um planeta muito distante, e é uma diversão conviver com ela. Elieteeeeeeee e sua lerdeza cativante.

Júnior - o apaixonado. Menino cheio de sonhos e de um coração precioso demais. Júlio e sua solicitude constante.

Bruna - a generosa. Essa garota de olhar e sorriso doces, que está sempre disposta a estender a mão. Sol e a surpreendente mudança de humor ao ser acusada. 

Ana Carolina - a valente. A que resolveu seguir em frente e não entregar os pontos nas horas difíceis, uma guerreira. Doutora Virgínia e sua contraditória gagueira, em uma profissão que o discurso é fundamental.

Vitória - a intensa. Menina de riso fácil e de pulso firme, uma pimentinha adorável. Bia Maltez e aquele jeitinho espevitado de noticiar.

Heloísa - a questionadora. Tantas inúmeras dúvidas que instigam à revisão. Forte, impactante. Uma louca que tem a liberdade de falar com a voz, o corpo, a emoção...

Matheus - o parceiro. Aquele que não mediu esforços pra topar o desafio aos 45 do segundo tempo. Evandro, o investigador que tudo vê...

Cada pessoa que passa em nossas vidas, nos marca de um modo muito único!

Gratidão pela diversidade de personalidades,pela possibilidade de ter convivido e partilhado tanta vida e arte com cada um de vocês.

Gratidão, é o resumo de todo sentimento que em mim habita...



sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Crime em cena


7 dias...
Em julho era abstrato,
Em agosto uma possibilidade
Em setembro já era o projeto real.
Então, de repente, "A cena do crime" que acabou se tornando Crime em cena - pra fugir do clichê, em 7 dias virá a público.

É dezembro, tempo de estreia, tempo também de fechar um ciclo...


E pensar que era só uma ideia...
Dos sonhos de uma menina amante da arte
Da imaginação de uma roteirista louca
para a realidade do palco, para divertir e instigar a plateia.
O potencial fica adormecido até encontrar quem acredite  nele...
É emocionante ver vida naqueles personagens que povoaram minha cabeça e insistiram pra existir... Agora eles tem voz, tem um gingado próprio, gritam, se estapeiam, se beijam, se interrogam, se acusam... Agora eles são gente!
Gente em cena
Encenando...