sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Otelo e Desdêmona

Um lenço...
Foi por um pedaço de tecido que perderam ambos a vida.
Por um rasgo de pano, tão frágil quanto o amor que unia o casal.
Por uma intriga cruel, de um invejoso terrível... a inocente Desdêmona foi assassinada pelo homem que dizia amá-la.
Eles que lutaram tanto para viver esse amor intenso, que desafiaram todos e venceram tantos obstáculos, acabaram vencidos por um tecido fino e sem importância.
Foi uma calúnia terrível, da qual a submissa e corajosa Desdêmona não teve como se defender.
Tão bem delineada, que nada do que dissesse seria capaz de ser convincente a seu favor.
Ela que tentou promover a paz entre o esposo e seu tenente Cássio, acabou tendo suas súplicas mal interpretadas e distorcidas pelo ciúme doentio.
Pobre Desdêmona...
Uma vida ceifada por um terrível engano, por uma maquinação maléfica...
Uma doce e ingênua criatura que não teve tempo de viver o amor de sua vida como merecia.
Morreu pelas mãos do amado... Morreu implorando por misericórdia, suplicando por mais um sopro apenas de vida.

Pobre Otelo...
Ao ver o terrível ato que cometeu não suportou conviver com a culpa de ter tirado a vida da mulher que amava: com um punhal deu fim à vida.
Partiu contemplando o corpo inerte da mulher que lhe causara tanta alegria, e que morrera sem culpa alguma. Imaculada. Uma companheira fiel e verdadeira.

Foi por um maldito lenço que essa história acabou assim. Uma tragédia sem precedentes...
O ciúme levado até as últimas consequências...

Tudo por um lenço e uma intriga!
E a bela história de amor acabou em sangue e morte.
A história de amor teve fim.
Virou história de morte.

A morte! O túmulo do amor...


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