quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Estréia

Estréia tem aquele gostinho delicioso de novidade e o indecifrável pânico de não saber o quanto sobra de realidade em tudo o que se idealiza.
Estréia é um paradoxo assustador:
O sabor de experimentar algo pela primeira vez
e o medo de não saber lidar com as sensações todas que invadem.
Estrear é como nascer... a gente não sabe o que nos espera, tudo é novo e deslumbrante! E emocionante! 

Num instante, tudo fica suspenso.
É como se a vida se refizesse.. Nos redescobrimos a cada estréia,  reinventamos, reencontramos o que falta.

Isso vale pra toda estréia.

Estrear na dança é como pisar pela primeira vez no chão, sem ninguém pra segurar suas mãos, é se jogar sem saber o que há lá embaixo, é se render a arte!!

Dá medo sim. Das críticas. Do julgamento. Dos olhares todos...
Ai você treme, esperneia, gela, sente o chão saindo do lugar, chora, emburra (e quer morrer?) e sente a pressão de estar no palco.
Lá não existe mais nada.
É um mundo próprio, particular, fantasioso, surreal. É o mundo de quem se lança na vida, de quem olha a vida de frente e tem a coragem de rebolar e sorrir em meio a vendavais...
Lá a mesma luz que cega é a que faz brilhar, pra mostrar que a dança vem de dentro e não é preciso ver muito pra se deixar levar. A dança é a arte dos abusados, dos exagerados, dos que tem paixão pela vida.

Noite da Dança 2012  foi estréia pra mim.
Unidos pela Dança, junto com Dênia, Inalda, Joverci, Leníria, Lúcia, Mara, Odair e Vilma, foi com esses malucos adoráveis que fiz a experiência.
Culpa de quem? Odair Martins. Ele foi o maestro dessa Noite. O guerreiro que fez desse um momento tão único.

Noite da Dança III Edição:
Foi gigante, assustador, e a vibração de quem está do outro lado faz o espetáculo muito mais do que se imagina.
Na verdade, o aplauso e o calor de quem aprova a apresentação é o verdadeiro espetáculo! 
Pra mim, cada palma e cada grito foi um incentivo pra continuar: essa arte precisa de ousados, de loucos, dos perdidamente apaixonados pela dança.
Essa arte quando chega a correr nas veias, não tem remédio.
É um vício. O mais saudável, delicioso e envolvente que há!
Experimente!

Estreie você também!!! DANCE E DEIXE O CORPO BALANÇAR... 

"Levanta, sacode, balança, não pode parar
Se lança, se joga na dança, se deixa levar..."

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